Don't Starve Together - Agora você pode sofrer em multiplayer | Resenha

O jogo se chama Não Morra de Fome e acredite, você nem precisa se preocupar tanto em não morrer de fome, pois você vai morrer de muitas outras maneiras. Sombras que matam, cachorros raivosos, inverno, búfalos loucos, gigantes de um olho só, a escuridão... Posso passar aqui um bom tempo citando tudo que pode ser mortal no universo de Don’t Starve Together, joguinho com foco no multiplayer que é a resenha de hoje.

Eu acho que nunca saberia da existência desse jogo se não fosse por uma amiga minha que estava louca para jogar. E provavelmente eu nunca o teria jogado se ela não tivesse me presenteado com uma cópia. Eh, eu sou meio babaca em relação a seguir recomendações dos outros, eu geralmente nem olho a gameplay, rs. Mas que bom que as coisas seguiram um rumo diferente.

Don’t Starve Together é um spin-off de Don’t Starve – versão offline do game. Acredito que nem posso chamar de spin-off, pois é apenas a versão online, que assim seja.  Em DST (que sigla linda para este jogo, não é mesmo?) você é tele transportado para um mundo selvagemente excêntrico e precisa aprender a sobreviver no mesmo.  Durante o dia você colhe coisas como madeira, pedra, comida, capim, fezes, mel, etc. E com essas coisas você pode craftar ferramentas. Exemplo; pedra e gravetos geram machados e machados podem derrubar arvores que geram madeira, madeira gera fogueira que te ajuda a sobreviver durante a noite e cozinha seus alimentos. Tudo em DST pode se tornar algo novo que consequentemente será necessário em algum momento para a sua sobrevivência em longo prazo.

Durante a noite é necessário ter uma fogueira acessa ou uma tocha, caso contrario é game-over para você meu amigo. Veja, quando anoitece o mundo se torna cheio de criaturas que temiam a luz do sol. Se você não ascender uma fogueira assim que escurecer elas irão ao seu encalço e te matarão. Ao passar dos dias essas criaturas se tornam mais insistentes. Você terá que ficar de vigia, pois elas tentarão apagar sua fogueira. Mas não é apenas de noite que essas criaturas das sombras podem te atacar. Você, ao começar o jogo tem três status: Sua barra de vida, sua barra de fome e sua barra de sanidade. Caso sua sanidade abaixe muito você poderá ver essas criaturas durante o dia e à medida que sua sanidade fique mais baixa elas serão capazes de poder te atacar. A sanidade abaixa caso fique muito tempo sozinho ou não pegue flores durante o caminho (nunca pesquisei o por quê, mas flores ajudam a manter a sanidade alta). Caso algum amigo seu morra pode dizer adeus a sua sanidade, pois o espirito dele irá te assombrar e isso prejudicará muito sua sanidade.  Em relação a amigos morrerem, existe um antidoto para trazê-lo de volta. Tu só tens que matar umas aranhas e pegar o fluido delas e craftar o item na sua máquina de ciência – outro engenhoca que também precisa ser craftado.

Existem animais no mundo de DST que podem ser domesticados. Como os búfalos que são inofensivos de inicio. Eles inclusive afastam os cachorros raivosos que aparecem de vez em quando para te atacar. Entretanto, quando o inverno chega os búfalos enlouquecem e podem te atacar, logo, não é recomendável construir seu acampamento perto deles e tentar não depender de nenhum animal para sua defesa, mas craftar armas para você mesmo os combater. O acampamento obviamente é necessário. Você não pode ficar apenas vagando pelo mundo e criando uma fogueira toda noite em um lugar novo. Se construir um acampamento você pode criar muros, portões, armadilhas. Fazendo o local mais seguro contra invasões e mais quente pra quando o inverno chegar.  No inverno você precisa tomar toda uma nova abordagem. Até mesmo se afastar da fogueira pode te matar. É necessário ter criado roupas de frio, aquecedores e coisas do tipo – isso tudo antes do inverno chegar. Ou seja, basicamente você tem que se preocupar com um montão de coisas ao mesmo tempo - que bom essa versão ser multiplayer, assim você pode dividir as tarefas entre seus amigos.

O jogo te traz vários personagens para você jogar, cada um deles com fraquezas e vantagens. Alguns demoram mais para perder sanidade, outros comem menos, outros comem mais, entre outras coisas. O jogo é todo em 2D com uma arte fortemente inspirada nos universos dos filmes de Tim Burton. A estética me lembra muito o filme de Edward Mãos de Tesoura, com toda aquela pegada gótica, mas de uma forma suave. Caso não goste de nenhum dos personagens oficiais você pode baixar mais pela oficina do Steam ou até mesmo criar um novo – embora isso seja mais difícil e precise ter certa noção de criação de personagens no photoshop (nada que alguns dos vários tutoriais espalhados pelo youtube não te ajude).

Se já não bastasse a campanha principal que pode te trazer infinitas horas de diversão, você ainda tem os eventos de Don’t Starve Together. Eu participei de dois: The Forge e The Gorge, cada um com uma temática diferente, sendo o primeiro focado em vencer uma competição de luta com mais cinco amigos e a segunda focado em uma competição de culinária com mais dois amigos. Don’t Starve também dropa itens para sua conta Steam, muitos deles podendo ser vendidos em troca de saldo na sua carteira, te possibilitando comprar novos jogos. Eu mesmo dropei uma vez uma bolsa rara que valia 19 reais. Pode parecer pouco, mas gastei em uma sale do Steam comprando três jogos que entraram em promoção, sendo que pelo preço original daria mais de 50 reais.

Existe uma infinidade de coisas a se fazer em Don’t Starve Together, uma infinidade de coisas para criar, e uma infinidade de coisas que podem te matar (como já dito no inicio). O jogo te oferece outros métodos de gameplay como PvP onde além dos perigos já inclusos no universo do game você ainda terá de enfrentar outros jogadores.

Don’t Starve Together custa 28 reais pelo Steam, porém vem com uma cópia extra para você presentear um amigo (não sei o preço nos consoles e se vem com uma copia extra também, se for o caso avisem ai).

Gráficos: 8,8
Jogabilidade: 8,8
História: 5,0
Desenvolvimento da história: 5.0
Personagens Carismáticos: 8,1
Musica: 7,7

NOTA FINAL: 8,3