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quinta-feira, 20 de abril de 2017

Meu primeiro Zelda finalizado: A Link To The Past | Resenha


Zelda é um game que provavelmente todo mundo já ouviu falar, pode não ter jogado mas já deve ter visto aquele guri loiro com uma touca verde na cabeça que certamente você atribuiu o nome Zelda a ele (acontece muito), eu mesmo achava que Zelda era aquela mocinha que a gente jogava, até descobrir que aquela mocinha era na verdade um menino e seu nome não era Zelda e sim Link (fiquei aliviado ao saber que muitos outros novatos confundiam também, e me deem um desconto, eu confundia na era pixelada xD). Meu primeiro contato com Zelda foi no meu falecido Polystation, lá em 2003. Confesso que não foi uma introdução muito amigável a esse universo. Em uma época onde eu era totalmente Nutela, o mundo do primeiro Zelda era extremamente difícil para quem estava acostumado a jogar Resident Evil 3 ou Final Fantasy's da vida. Logo, larguei mão daquele game cheio de inimigos e tiros vindo de todos os lados sem muita cerimonia.  

Atualmente eu decidi dar uma nova chance a Zelda, dessa vez começando por seu terceiro título lançado: The Legend Of Zelda: A Link To The Past (eu adoro esse trocadilho no título). A Link To The Past foi lançado em 1991 (assim como eu - insira aqui aquele meme de genius) e foi um sucesso comercial e de crítica, em contraste com o anterior (Zelda II) que não havia sido tão bem recebido assim... O jogo vendeu mais de 4,61 milhões de unidades em todo o mundo e é considerado um dos melhores e mais vendidos entre os jogos do Super Nintendo.

A história de Link To The Past, ao menos para mim, não tem nada de novo ou revigorante. Basicamente um herói que precisa salvar a princesa (assim como em quase todos os títulos da Nintendo na época). A diferença é que você joga com o ancestral do Link de Zelda 1 - ou seja, A Link To The Past se passa antes dos acontecimentos dos primeiros jogos, e tanto a Zelda quanto o Link não são os mesmos dos outros jogos (algo que se tornou comum nessa franquia). 

A história começa quando um feiticeiro malvado (avá, desculpe-me, mas para mim todo feiticeiro é suspeito) mata o Rei de  Hyrule e aprisiona os descendentes dos grandes sábios no Mundo das Trevas e se apodera do reino por motivos desconhecidos. Nosso herói Link, recebendo uma mensagem telepática da princesa Zelda, que diz que ela está trancada no calabouço do Castelo de Hyrule. Quando a mensagem fecha, Link encontra seu tio pronto para a batalha, dizendo a Link para permanecer na cama. Após a saída de seu tio, no entanto, Link ignora o comando de seu tio e segue-o para as masmorras sob Castelo de Hyrule. Quando Link se infiltra dentro do castelo, ele encontra seu tio mortalmente ferido. O tio de Link o informa para resgatar a princesa Zelda de sua prisão, dando-lhe sua espada e escudo. 

Uau!! Depois desse conhecimento wikipedistico do que seria a introdução do game, você começa de fato a se aventurar por Hyrule. Para mim, confesso que foi meio massante no começo, ter que lidar com o fato que você começar apenas com 3 vidas e que todos aqueles monstros que você mata não te serve de experiencia para nada e que quando você voltar naquele cenário eles estarão todos ali de volta (pra quê isso velho). Mas o plot de ter que ir atrás de três medalhões em lugares diferentes me animou muito! Esses lugares são chamados de Dungeons e geralmente são cheios de puzzles e de inimigos diferentes. No final de cada Dungeon você enfrentará um chefão e por fim pegará o objeto que foi buscar. As dungeons são o ponto alto de A Link To The Past, porque cada uma é bem diferente da outra e isso não deixa o jogo se tornar repetitivo.


Após pegar os medalhões você deve se aventurar na floresta a procura da espada (Master Sworld) unica arma capaz de matar o vilão do game: Ganon, que foi libertado por aquele feiticeiro psicopata assassino de reis, e que está sedento pelas trevas, querendo a todo custo o poder da tri-force (um objeto mistico fodão que pode realizar o mais profundo desejo de quem a conseguir). O que difere de Link To The Past dos Zelda's anteriores (além de ser mais fácil e esteticamente mais bonito rsrsrs) e que temos a introdução de um novo mundo: O Dark World que é sobretudo uma versão alternativa e macabra de Hyrule, com basicamente os mesmos lugares porém distorcidos e com novas pessoas e inimigos. Te obrigando muitas vezes ter que ficar alternando entre os mundos para resolver as quests. É nesse mundo, inclusive, que o Ganon tinha sido aprisionado pelos sete grandes sábios, e esta tentando a todo custo sair de lá.

Mesmo você não podendo adquirir experiencia durante a gameplay (ZELDA NÃO É UM RPG, CARALHO) você pode juntar partes de corações espalhados pelo mapa que após completos te dão mais vidas, dificultando assim a sua morte. Você também será capaz de encontrar diversos itens, dentre eles nadadeiras para você poder entrar nos rios, capas invisíveis, poderes novos, uma flauta que te possibilita chamar um falcão (?) que voará com você a determinados pontos do mapa, e até upgrade em suas armas e armaduras. A maioria desses itens é obrigatório achar, pois não terá como você seguir em frente na história sem eles, o que faz o jogo (se você não pesquisar na net, né?) algo bem desafiante e gostoso de se explorar. 


Os gráficos de A Link To The Past são lindos, é realmente gostoso jogar com aqueles gráficos bonitinhos, aquele cabelo rosa do link (um erro no sistema?) da um contraste no mapa bem bacana, além da jogabilidade com a câmera pelo lado de cima (diferente de Zelda II), deixa tudo mais fluido, casado bem com o gráfico e a jogabilidade. A Hyrule de A Link To The Past é cheia de segredos, lugares escondidos, histórias, tudo muito surpreendente para um mundo aberto tão "pequeno". Definitivamente eu escolhi um bom Zelda para iniciar minha jornada. Agora pegarei um em 3D, para mudar um pouco de ares xD


Gráficos: 8,8
Jogabilidade: 8,3
História: 7,8
Desenvolvimento da história:7,5
Personagens Carismáticos: 4,0
Musica: 7,5

NOTA FINAL: 7,3

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Conheça Virgo vs the Zodiac, RPG desenvolvido por uma brasileira


Em uma das minhas pesquisas a procura de algum novo RPG para jogar heis que me deparo com um projeto novo, diferente e sendo desenvolvido por uma brasileira (Okay, qual o big deal de ser uma brasileira? Ah vai, são poucos rpg's brasucas que ganham destaque como projetos assim e ela vem ganhando).

O nome do jogo é Virgo vs the Zodiac, e está sendo desenvolvido pelo RPG Maker MV por uma taurina estudante de astrologia (Nana) do Rio do Janeiro (ok, citei o signo por ser o mesmo que o meu xD). O que me chamou muita atenção no jogo foram seus gráficos, eles são lindos! Algo que sempre se destaca muito em jogos de RPG Maker são gráficos originais e isso é algo  presente em Virgo vs the Zodiac, que traz um design único e convidativo, cheio de tonalidades em pastel (é muito lindo de se ver, quero jogar logo, grr). 


Mas e a história? Como é isso de signo como trama? Bem, eu ainda não joguei, então tomei a liberdade e traduzir a própria descrição do jogo segundo a criadora (o jogo está sendo feito em inglês por motivos de maior alcance, mas também será disponibilizado em português, chines e espanhol

"Virgo vs the Zodiac, como o nome indica, é sobre Virgem, o signo personificado como uma menina, tentando derrubar todos os outros Zodíacos (que também são meninas). Virgem embarca em sua cruzada para purificar o sistema celestial, de modo que a Idade de Ouro, um tempo de prosperidade e perfeição, poderia ter lugar mais uma vez. Em sua viagem, ela leva com ela o Gingerbread Man, ou Ginger, um biscoito perfeitamente simétrico que foi cozido com o único propósito de ser comido, mas que foi salvo por Virgo de uma morte sem gosto pela boca de Touro.

Em sua jornada, eles vão encontrar muitos amigos e inimigos, mas mais inimigos do que amigos, uma vez que Virgem não é a pessoa mais legal do lugar. Muitas vezes você vai se sentir como o vilão neste jogo, e talvez você realmente seja. Mas Virgem, e todos os outros personagens, são tão multifacetados quanto os arquétipos dos Zodíacos, então você não deve confiar muito neles.


Ao contrário de outros jogos que lhe darão a abordagem "boa ou má" aos problemas, Virgem conta com o "Sistema de Qualidades do Zodíaco", no qual os NPCs terão características baseadas na qualidade atribuída. Por exemplo, se um NPC tem a qualidade Mutable, eles terão as cores desta qualidade, e muitas vezes será "perspicaz, travesso, amigável e engenhoso". Os inimigos vão lutar de acordo com suas qualidades também, usando as habilidades de montagem e exigindo formas específicas de ser derrotado.

Durante a exploração, não haverá nenhum encontro aleatório e não será necessário grindar. Todas as batalhas estarão relacionadas com o enredo, mas em vez de remover a grindagem por completo, os jogadores terão áreas inteiramente opcionais para combater inimigos de respawning. Batalhas evitáveis ​​também são garantidas. Você terá a opção de poupar alguns inimigos."


Parece incrível, não é mesmo?

Segundo a criadora, a escolha de Virgem como protagonista foi devido a suas características mais praticas e por ser um signo justo que simboliza  a ordem, a pureza e o preconceito, sendo aquele a julgar, a criticar e também a analisar com grande inteligência - ótimas qualidades para uma protagonista, concordam?


O jogo ainda está sendo desenvolvido e não tem uma data especifica para seu lançamento (é certo que uma demo jogável deve sair ainda por esse mês), o game está todo sendo feito por ela, exceto a trilha sonora que ela tem dois músicos trabalhando no projeto (é de se admirar, né?). O jogo não será free, ele será lançado por um preço amigável de aproximadamente 15 reais

Outra coisa que me chamou a atenção foi a mecânica de batalha, as personalidades de cada personagem, parece ser um jogo tão interativo, tão cheio de história e cultura. Não é difícil de entender porque muitas pessoas estão se apaixonando por esse projeto, ele está sendo feito com carinho e com um cuidado muito lindo, sua estética chama muito atenção, tudo em Virgo vs the Zoadic parece novo e interessante. Mal posso esperar pelo lançamento. 

Para saber mais sobre o projeto basta seguir o tumblr do jogo clicando AQUI - Existem outras redes sociais sobre o projeto, todos os links você encontrará no tumblr, lugar inclusive que você pode tirar suas dúvidas sobre o game com a criadora (em português mesmo, já ví muitas perguntas de br's por la ^^).


terça-feira, 18 de abril de 2017

Fable: Um RPG que ficou nos anos 2000 | Primeira Impressão


Lá em 2004 ou 2005 - não me lembro bem, vi em uma matéria do extinto G4 Brasil (programa de jogos que era exibido pela Rede Bandeirantes) sobre o novo jogo da Microsoft lançado exclusivamente para Pc's e Xbox 2000. Era Fable, uma espécie de RPG onde você podia fazer de tudo. Claro que esse "tudo" para os dias de hoje é um tanto que limitado, mas para a época era sim um tipo de evolução.

Em Fable você era dono do seu próprio destino, podendo escolher entre o bem e o mal baseando nas suas escolhas durante a gameplay. Tudo que você fizesse no jogo contava como ponto positivo ou negativo. De você roubar um simples livro até ser educado com alguém. Essas ações refletiam na sua vida, inclusive esteticamente. Quanto mais mal você se tornasse mais horripilante seria sua aparência. A interatividade com os NPC's também era incrível. Você poderia ser visto como um herói ou como um vilão cruel. Podendo ser recebido em cidades com várias pessoas ao seu redor te venerando ou negativamente como os guardas te perseguindo.

Recentemente decidi finalmente testar o Fable - mais de uns 10 anos após seu lançamento, em meu querido e bugado PC. Eu sou um daqueles consolistas que até hoje não criou vergonha na cara para aprender a jogar pelo mouse + teclado, ainda sou um desastre nisso. Por isso optei por jogar com o controle, o que nesse caso, ao menos para mim, foi terrível. Primeiro que o game não reconhecia o x360ce, o Xpadder ficava bugado e o Pinnacle game profiler as vezes se desconfigurava sozinho. Foi uma luta para achar um programa descente, até que depois de muita pesquisa na internet eu achei um que foi compatível, dai foi só alegria (depois faço um post sobre ele, é um programa bem desconhecido, infelizmente).

Fable traz uma jogabilidade bem conhecida entre os Action Rpg's, você pode jogar tanto em terceira pessoa como em primeira, tem todo aquele sistema de level e muitas quest's a serem feitas, nada de novo ai, ele se destaca mesmo pelas suas escolhas e interatividade com o mundo apresentado, te possibilitando uma certa diversão por um tempo. Nas quest's você pode conseguir a informação desejada fazendo as missões solicitadas pelo NPC ou simplesmente na marra. Ao menos foi assim em uma das quests que participei. O carinha só iria me dar a informação se eu lhe traze-se algo muito valioso, mas bastou alguns socos nele que o bastardo liberou a informação, e nossa, isso poupa muito tempo que você certamente não quer perder em uma side-quest tão vaga.

Seu personagem pode carregar vários tipos de armas, e pode realizar diferentes tipos de feitiços, você consegue destrancar mais feitiços e upgrades em sua força juntando experiencia nas missões e atacando inimigos. Você também tem uma boa variedade de roupas que as vezes é necessário trocar para passar despercebido em certas vilas. Dependendo da roupa que estiver usando as pessoas podem te temer ou te achar amistoso, ou ate mesmo rir de você.


Por mais que o jogo seja interativo e possa divertir, eu achei bastante clichê, sendo que o diferencial dele não foi o suficiente para me prender por mais tempo. Seus gráficos são muito caricatos, feitos em uma época que poderiam sim investir em algo melhor ou ao menos com um design menos brega. Toda a história e o universo soa vazio, não consegui ver seriedade em momento algum, por mais que o clima estivesse "pesado", foi como jogar um rpg action genérico do inicio dos anos 2000 com alguns sistemas diferentes. Sua história tem uns furos ou eu poderia dizer falta de desenvolvimento? Em alguns momentos você simplesmente não entende porque diabos tal coisa foi daquele jeito e que não faz sentido algum.

Fable (o primeiro deles) atualmente é apenas mais um dos diversos RPG's action que existem por ai, com uma história rasa e um universo sem seriedade, em contra partida com uma boa dose de interatividade. Fable em sua jogabilidade não desaponta, sendo sim um jogo legal para passar o tempo, caso você não conheça nenhum titulo melhorzinho (acho difícil). Você pode jogar seus sucessores, que eu ainda não conheço mas que devem ter melhorias, tanto gráficas como em sua história. Independente do que eu disse, Fable foi um jogo que fez sucesso em sua época para o Xbox 2000 (kkkk), e caso não esteja procurando algo ao estilo de The Witcher, talvez você ate curta Fable 1.


sexta-feira, 14 de abril de 2017

Undertale - Nesse mundo é Matar ou Morrer? | Resenha


Fazia tempo que eu estava querendo jogar esse jogo, afinal ele é muito cultuado em todo lugar, seja canal, feed, site, blog que tenha muitos jogadores de games indies. TODO mundo fala o quanto esse jogo é diferente, é divertido é original. Da vontade de conferir, não dá? Undertale fez muito barulho na época em que foi lançado, vendendo mais de um milhão de cópias e ganhando diversas indicações para Game do ano em vários sites especializados e convenções de jogos, mostrando que joguinhos em 2D (e independentes) também tinham espaço no cenário de games atual.

Mas afinal, o que é Undertale? É sobre o quê? É realmente isso tudo? Existe aquele ditado antigo (e coerente) que diz para não julgarmos o livro pela capa. Bem, aqui serve para o jogo também, mas no caso não é por sua capa e sim por seus gráficos. Se tem algo em Undertale que definitivamente não atrairia a atenção de ninguém é exatamente seus gráficos (a não ser que você seja retrogamer, claro). Além de serem gráficos em 2d ele é daquele tipo bem simples, de estética bem modesta, parecendo até ser aquelas artes inciais feitas pelo Paint. Mas o diferencial desse jogo não está em seu visual (que de certa forma acabou ajudando em sua identidade no final das contas), mas sim em sua jogabilidade (Rá! Achou que eu ia dizer história, né?). Em Undertale você pode finalizar o jogo sem precisar matar ninguém! Você pode resolver suas tretas apenas no dialogo e paciência, e isso influencia muito para o tipo de final que você pode conseguir - você poderá ter três finais diferentes dentro do jogo, todos eles dependerá de suas ações durante a gameplay. Mas e ai? É por causa disso que esse jogo é tão aclamado? Não, esse é apenas um dos motivos. Outra coisa que chama a atenção no universo de Undertale é a sua liberdade. Você tem uma grande interatividade com os personagens, cada ação sua é vista de uma forma diferente por eles. Os diálogos, em sua maioria hilários, carregados de um humor inteligente, te fazem querer interagir com cada NPC que você veja pela frente, só para saber o que diabos ele tem para dizer - sé é algo relevante para o jogo ou um assunto totalmente nonsense que vai te fazer ficar se perguntando de onde o criador tirou aquelas coisas.

A história de Undertale é legal, mas não é nada tão diferente assim. É sobre uma guerra entre humanos e monstros que ocasionou no banimento dos monstrengos para o subsolo os obrigado a morar lá pela eternidade. Só sendo possível reverter essa situação com a captura de almas humanas, que seria um método de conseguir quebrar a barreira que foi criada entre os dois "mundos" e assim fazendo os monstros serem livres novamente (no jogo isso é explicado detalhadamente, tá?). Mas a onde que VOCÊ entra nessa história? O personagem principal se chama Frisk (ou seja lá o nome que você quiser dar), ele(a) não tem gênero - pode ser tanto homem quanto mulher, e obviamente, é um humano que caiu no subsolo e descobriu todo aquele mundo novo ali.

Bem, a partir dessas informações você deve imaginar que esse subsolo seria o local mais intenso e nada convidativo para alguém visitar, certo? Nem tanto. No comecinho do jogo nos deparamos com a Flowey, esta bela flor psicopata que vocês estão vendo ai do lado. Ela parece um doce no começo mas depois revela uma personalidade totalmente psicótica e lhe diz que naquele mundo ou você mata ou morre. Essa parte do jogo foi bem macabra, a risada demoníaca que acompanha Flowey contribuiu para isso. Mas logo em seguida chega Toriel, uma cabra que espanta a flor encapetada e te convida para a casa dela. Toriel é um amor de pessoa (embora eu tenha ficado com um pé atrás) e te aconselha e nunca machucar ninguém ali e resolver tudo a base da conversa. Ao decorrer da gameplay você vai notando que aquele subsolo cheio de monstros não é tão apavorante, e que não é necessário ter uma aparecia monstruosa para carregar esse nome. O jogo te traz muitas reflexões sobre caráter e mensagens sociais, todas inseridas cuidadosamente na história apresentada sempre com a intenção de testar sua moral.

O universo de Undertale é todo mesclado entre o engraçado e o macabro. O jogo flerta com o humor negro e consegue trazer um conteúdo novo e interativo que uma hora irá te surpreender e em outra irá te fazer xingar. Ah claro, vai ter momentos que você vai rir de aliviado. As vezes as coisas não saem como os vilões planejam - mas as vezes sai bem melhor do que eles planejaram e você vai ter a impressão que o jogo ta tirando uma com a tua cara em situações que você achará impossível de se passar (e sim, o jogo estará tirando uma com a sua cara) e por mais que o momento seja tenso você vai achar incrível toda aquela situação. A trilha sonora é outro ponto MARAVILHOSO. Tem musicas ali que mudam totalmente a dinâmica da batalha e outras que carregam todo o sentimento apresentado no plot em questão. Da para se notar que cada canção foi feita cuidadosamente para representar o momento em especifico que ela é apresentada.


Unica coisa que eu torci a cara em Undertale foi para a personagem ~~muito querida~~ Dra. Alphys, que é uma cientista que tem uma queda por você (eu acho), ela irrita muito pois te da um celular novo e te adiciona em uma Rede Social. O problema disso é que essa Alphys posta O TEMPO TODO na rede social e toda vez que ela faz isso você é interrompido para ler as coisas inúteis que ela fala. Sério, as vezes não da nem para você andar cinco passos direito. E isso é constante por certo tempo. Por mais que o humor de Undertale tenha essa parte pastelona, as mensagens da Doutora foram bem massantes.

Agora se me deem licença, eu irei começar novamente o jogo para conseguir o Final Feliz (já que o que eu consegui foi o neutro).  Undertale está a 19,99 na Steam e você encontra a tradução na internet facilmente, o jogo tem em torno de umas seis horas, e serão seis horas bem divertidas. ^^

Gráficos: 7,1
Jogabilidade: 10
História: 8,0
Desenvolvimento da história:8,5
Personagens Carismáticos: 9,8
Musica: 8,9

NOTA FINAL: 8,7

Fanart by Ak981016

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Amayado Bus Stop: Assombrações, colegiais e um ponto de ônibus | Resenha


A resenha que trago hoje é sobre um jogo indie de horror ~ também o jogo que estreia o novo quadro do blog de games de horror~ Quando pensei em trazer esse quadro não presumi que o primeiro jogo seria de um game em 2D feito pelo RPG Maker, imaginei que seria algum Resident Evil, Silent Hill, ou um Outlast da vida, mas aqui estamos! xD Sim, sim, ultimamente venho jogando muitos títulos feitos pelo RPG Maker, então provavelmente este não será o último jogo desse tipo que verão por aqui.

Amayado Bus Stop é o primeiro jogo de terror em 2D que eu jogo, e confesso que estava com um pé atrás, afinal de contas, quem vai se assustar com bonequinhas kawaii em 2d? O jogo me atraiu pela sinopse: Um ponto de ônibus com a linha desligada a mais de 20 anos onde pessoas relatavam que de vez em quando alguém o pegava e nunca mais era visto...Até que é original, né? Bom, eu achei e decidi conferir, não iria me assustar mas valeria pela história... O jogo praticamente começa mostrando uma das personagens principais (Chitose) sofrendo bullyng em sua escola nas mãos dos valentões dali - algo importante sobre esse jogo é que fica bem clichê nessa parte: Bullyng é um tema bem presente durante toda a gameplay, e sabemos que bullyng e historinha de terror adolescente japonesa é algo beeeem comum. Após a aula acabar ela vai embora da escola e encontra num ponto de ônibus o cara que fez bullying com ela mais cedo, ele diz que se ela roubar um sotoba (aquelas tabas de madeira que ficam no tumulo com alguma frase escrita) de algum tumulo do cemitério próximo e trazer ele pararia de mexer com ela - obviamente ela topa e ele debocha por ela aceitar fazer algo tão estranho e estupido.

BITCH BETTER HAVE MY SOTOBA


Chitose, muito boa em tomar decisões, vai la no cemitério e rouba um sotoba de um dos túmulos. Quando ela esta voltando pelo esgoto (sim isso mesmo, pra chegar no cemitério você tem que passar por um esgoto) ela se da conta que um homem sem cabeça esta a perseguindo(a coitada deu a sorte de roubar o túmulo logo de algum louco sem cabeça). Dai, meu filho, tu tem que dar no pé o mais rápido o possível, se aquele defunto te pegar é gameover na hora! Ao passar pelo esgoto e voltar pro ponto onde o valentão esta sentado ele vai se assustar com o cara sem cabeça mas não vai dar muito tempo para ele fazer nada porque o espirito vai mata-lo de uma vez o esmagando (Eba, Chitose! Tu tirou um valentão da sua cola mas ganhou um defunto e agora?). Depois disso o presunto simplesmente some na frente dela. Assustada ela decidi chegar logo em casa e ligar para a policia (eu até imagino esse dialogo: - alô é da policia? Então, um defunto sem cabeça matou um colega que me fazia bullyng la no ponto de ônibus). Ao atravessar a rua ela se aproxima do outro ponto de ônibus, o ponto Amayado - desativado a mais de 20 anos porque poucas pessoas o usavam. Há uma garota de cabelos negros sentada. Chitose logo pergunta se ela viu o acontecido do outro lado da rua e ela diz que sim e que Chitose está em apuros. O som de um ônibus aparece atrás das meninas, mas Chitose olha e não vê nada. A guria que estava sentada se levanta e diz que tem que partir, sem entender nada Chitose segura ela pelo braço a impedindo de entrar no "Ônibus Invisível".

























A decisão de Chitose não foi muito sabia, pois agora a menina não tem como "voltar pra seja la de onde ela veio" e Chitose se vê obrigada a aceita-la em sua casa por essa noite (Kkkkkk), sonsa como é de se esperar de alguém que rouba defuntos, Chitose não vê problema nisso e ambas seguem até a residencia. A partir dai os espíritos do cemitério irão inferniza-la por um certo tempo, e eu confesso que deu sim um medinho nesse plot do sotoba roubado. Espelhos quebravam, cortinas se fechavam sozinhas e o cara sem cabeça corria atrás de você e toda vez que ele te alcançava você morria. Mas o plot do jogo não é em torno de fantasmas irritados com uma ladra de sotoba não, isso é apenas a introdução da história. Depois de tentar ligar para a policia e não conseguirem sinal elas saem da casa, após algumas interações na rua com outros personagens, a guria do ponto de ônibus (seu nome é Kobato) descobre que Chitose sofre bullyng na escola e diz que tem um plano para se vingar dos valentões, mas para isso, precisam ir para a escola dela. Chitose não acha uma boa ideia, afinal de contas é noite, e tem tipo um monte de defunto atras dela, mas acaba cedendo, e antes de ir para a escola ela devolve o sotoba, acalmando os espíritos dali, concluindo esse plot e dando inicio a real história do game, que obviamente eu não irei contar pois vocês precisam jogar!

MAIS UM JOGO DE TERROR FEITO NO RPG MAKER

Amayado Bus Stop entre-te e você pode finaliza-lo em menos de três horas, sua história, bem desenvolvida e com a maioria das pontas bem fechadas, só decepciona por ser previsível em sua maior parte. Espíritos vingativos porque sofreram na terra é algo batido, e o clima de mistério que tentam inserir acaba não pegando. Alguns pontos ficaram soltos e isso incomoda. Por exemplo, temos um gato falante durante o jogo, ele ajuda as meninas em pontos importantes. Que tipo de entidade ele é? Por que ele estava ali? Todos os outros inimigos foram explicados com a exceção do gato. Acredito que ele era algum tipo de espirito, mas não saberei. Outra coisa que me incomodou é que em algumas interações OS OBJETOS conversam com ela. Isso não ficou muito bem explicado, ela realmente estava ouvindo eles falarem? Ou era algo apenas para os jogadores? De quáquer forma ficou muito sem sentido. O jogo conta com três finais diferentes: O final real, o final bom e o final ruim - eu fiz o final bom hehe - eu até gostei mesmo sendo algo bem sinistro para ser "bom" mas quem sou eu para julgar as escolhas de alguém como a Chitose, não é mesmo? Para ter o final bom ou o real você deve coletar mais de oito pedaços de corações. Esses pedaços estão espalhados pelos cenários. Geralmente dentro de algum objeto.

A trilha sonora é MUITO BOA, sabe aquelas batidas bem creepy que sempre temos em alguma obra macabra japonesa? Pois é. A maioria dos cenários é repleto desse tipo de musica ajudando a criar um clima hostil, nada convidativo para se jogar. Os efeitos sonoros também estão presentes. Passos bem audíveis e diferentes dependendo do tipo de solo que você está pisando. Só acho que pecaram um pouco nos efeitos sonoros obscuros. Não teve muitos gemidos ou sons do além para te deixar atento. Seus gráficos são just ok. É RPG Maker, e eles não tentaram fugir da estética que o programa propõe, porém os cenários foram bem elaborados, os lugares escuros em contraste com a lanterna que você usa ajudam bastante para te dar um pouco de medo, mas tirando isso é basicamente as mesmas coisas que você encontra em outros títulos do gênero. Os puzzles não chegam a ser difíceis, geralmente são charadas bem fáceis, mas caso você não as leia, a gameplay pode ficar difícil de se passar.



AMIZADES EM SITUAÇÕES INESPERADAS

A personalidade da personagem principal gira em torno de amizades, de relacionamentos entre colegiais e todo esse grude de "amigos da escola" e bla bla bla que eu não suporto e é inserido em todo maldito anime que tenha personagens com menos de 18 anos. Num  jogo japonês não poderia ser diferente. Chitose é a tipica personagem do bem, sonsa que ama todo mundo e simpatiza até com as arvores. Não são qualidades negativas mas em uma história fictícia acaba que ficando chato, ninguém liga para quanto fulana é boazinha e gosta de todo mundo. Ela acaba entrando em muitas situações ruins por sempre pensar no outro - tudo bem, as vezes o jogo te dá escolhas, mas você não vai querer escolher opções negativas para ter o final péssimo, né? Até porquê, pensar as vezes em você não é exatamente algo ruim de se fazer. Durante a gameplay você conhece outra personagem que te ajudará: Akane, que é totalmente diferente de Chitose e não gosta dessas pessoas falsas que tentam agradar a todos. O curioso de Akane é que ela é a irmã mais velha de uma das gurias que fazem bullyng em Chitose. O Bullyng é algo constante durante a história. Tanto na vida de Chitose, quanto na vida de Kobato. Esse detalhe ajudou muito a formar a personalidade de ambas e de maneira diferente, mas não posso dizer o quão diferente, para isso você terá que jogar.

Por mais clichê que as coisas possam soar em alguns pontos deste jogo ele vale sim a pena ser jogado. Sua jogabilidade se baseia em fugir dos espíritos - você não tem arma para afronta-los. E isso deixa o jogo interessante, pois basta você entrar em um lugar errado enquanto está sendo perseguido que sua morte será certa. Ou seja, da sim um certo panico em algumas situações. A história tem algumas reviravoltas legais, ela é bem trabalhada como eu já havia dito, apenas com alguns guros ou alguns diálogos meio sem sentido. Imagino que tenha mais reviravoltas nos finais que eu não fiz. O vinculo criado entre as personagens é bem legal, não ficou forçado ou sem sentido como acontece em muitos jogos (ao menos não em relação a duas personagens).



Você pode baixar o jogo traduzido pela Zero Corpse - o game e free, e eles tem uma porção de outros jogos horror lá.

Gráficos: 7,9
Jogabilidade: 7,4
História: 7,0
Desenvolvimento da história:7,5
Personagens Carismáticos: 7,3
Musica: 8,2

NOTA FINAL: 7,5

Primeira imagem por Vicco

domingo, 9 de abril de 2017

Um jogo Muito Rosa (Muito curto também) | Resenha


Olá pixelados, hoje eu estou trazendo um game indie (assim como To The Moon - também feito no RPG Maker) mas dessa vez não tão famoso e não tão grandioso. Se trata do jogo "A Very Pink Game" ou como na tradução "Um Jogo Muito Rosa". Eu na verdade só estou trazendo esta matéria pois estou com a meta de postar sobre todos os jogos que ando finalizando, mas A Very Pink Game é tão pequeno que poderia ser considerado um mini-game ~ muito simples também~, mas valeu a gameplay então ele esta aqui.

O jogo foi desenvolvido pela Sheepherds e lançado em 2012 gratuitamente. Conta a história de uma garota bem gótica que vive em um mundo todo cor-de-rosa (ao menos sua cidade é toda rosa). O game começa com ela recebendo uma carta de uma amiga que se afastou. Na carta sua amiga (ou seria ex-amiga?) pede por um reencontro em determinado lugar fora da cidade rosada e seu objetivo no jogo é chegar nesse encontro - simples, né? Sim, muito! O que o jogo peca é exatamente nisso. A garota gótica mas incrivelmente, de forma estranha, fofa, não tem muitos obstáculos para chegar nesse bendito lugar. Ela basicamente deve fazer algumas tarefas, pegar alguns itens e interferir na vida de alguns moradores para então conseguir se ver livre da cidade pastel pink e chegar nessa amiga duvidosa dela - sério, se a amizade da guria era tão importante assim para reatar, porque ela não tentou fazer esse encontro na cidade? Em um café? Não, claro que não. Tem que ser em um morro lá onde Judas perdeu as botas.


Além do tempo curto a história é bem sem sentindo também. Okay, isso pode ser proposital, mas dava para dar uma desenvolvida melhor. Não chega a ser um Monstania (nada supera Monstania, e olha que foi um RPG lançado oficialmente pro SNES) da vida em termos de péssima história, mas que tem uns diálogos bem forçadinhos tem sim. Em algumas conversas você percebe que o personagem soa contraditório ou que aquilo ficou genérico. Acredito ser um erro grotesco afinal eles se esforçaram para trazer um gráfico diferente e a história é tão curta que poderiam ter construído de forma mais profunda isso. Se fosse melhor trabalhado, A Very Pink Game seria um título indie ainda muito lembrado.

O que traz o diferencial nesse jogo são seus gráficos (o motivo por eu ter jogado também!). São lindos! Tudo é rosa e tudo ali tem um traço próprio. A maneira que o criador brinca com o rosa e o preto, uma combinação inesperada, como se fosse um jogo bonitinho flertando com uma atmosfera mais escura. A fotografia em algumas cenas são muito bem desenhadas, cada objeto simetricamente bem posicionado. Cores combinando com a mobília ou vegetação. Uma jogo com gráficos bem antigos mas que soam tão novos, diferentes, bem-composto de se ver. Eu amava cada cenário novo que ia entrando, o foque no rosa fez toda a diferença e mesmo sendo um game curto e de roteiro descuidado ele consegue entreter por alguns minutos do seu dia.


ㅤSe você quiser jogar, o site ZeroCorpse fez uma tradução (eu baixei por la) o game é free e tem uma gameplay bem curta, não tomará muito tempo do seu dia, mas valerá a pena caso você goste de apreciar uma boa fotografia retro. Caso você tenha problemas ao tentar abrir o jogo (assim como eu) aconselho a baixar o RPG maker 2003 pro seu computador. O problema irá se resolver. 

Gráficos: 8,9
Jogabilidade: 7,4
História: 5,0
Desenvolvimento da história: 6,5
Personagens Carismáticos: 7,9
Musica: 6,2

NOTA FINAL: 6,9

Foto do título by Panikari
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