Zelda é um game que provavelmente todo mundo já ouviu falar, pode não ter jogado mas já deve ter visto aquele guri loiro com uma touca verde na cabeça que certamente você atribuiu o nome Zelda a ele (acontece muito), eu mesmo achava que Zelda era aquela mocinha que a gente jogava, até descobrir que aquela mocinha era na verdade um menino e seu nome não era Zelda e sim Link (fiquei aliviado ao saber que muitos outros novatos confundiam também, e me deem um desconto, eu confundia na era pixelada xD). Meu primeiro contato com Zelda foi no meu falecido Polystation, lá em 2003. Confesso que não foi uma introdução muito amigável a esse universo. Em uma época onde eu era totalmente Nutela, o mundo do primeiro Zelda era extremamente difícil para quem estava acostumado a jogar Resident Evil 3 ou Final Fantasy's da vida. Logo, larguei mão daquele game cheio de inimigos e tiros vindo de todos os lados sem muita cerimonia.
Atualmente eu decidi dar uma nova chance a Zelda, dessa vez começando por seu terceiro título lançado: The Legend Of Zelda: A Link To The Past (eu adoro esse trocadilho no título). A Link To The Past foi lançado em 1991 (assim como eu - insira aqui aquele meme de genius) e foi um sucesso comercial e de crítica, em contraste com o anterior (Zelda II) que não havia sido tão bem recebido assim... O jogo vendeu mais de 4,61 milhões de unidades em todo o mundo e é considerado um dos melhores e mais vendidos entre os jogos do Super Nintendo.
A história de Link To The Past, ao menos para mim, não tem nada de novo ou revigorante. Basicamente um herói que precisa salvar a princesa (assim como em quase todos os títulos da Nintendo na época). A diferença é que você joga com o ancestral do Link de Zelda 1 - ou seja, A Link To The Past se passa antes dos acontecimentos dos primeiros jogos, e tanto a Zelda quanto o Link não são os mesmos dos outros jogos (algo que se tornou comum nessa franquia).
A história começa quando um feiticeiro malvado (avá, desculpe-me, mas para mim todo feiticeiro é suspeito) mata o Rei de Hyrule e aprisiona os descendentes dos grandes sábios no Mundo das Trevas e se apodera do reino por motivos desconhecidos. Nosso herói Link, recebendo uma mensagem telepática da princesa Zelda, que diz que ela está trancada no calabouço do Castelo de Hyrule. Quando a mensagem fecha, Link encontra seu tio pronto para a batalha, dizendo a Link para permanecer na cama. Após a saída de seu tio, no entanto, Link ignora o comando de seu tio e segue-o para as masmorras sob Castelo de Hyrule. Quando Link se infiltra dentro do castelo, ele encontra seu tio mortalmente ferido. O tio de Link o informa para resgatar a princesa Zelda de sua prisão, dando-lhe sua espada e escudo.
Uau!! Depois desse conhecimento wikipedistico do que seria a introdução do game, você começa de fato a se aventurar por Hyrule. Para mim, confesso que foi meio massante no começo, ter que lidar com o fato que você começar apenas com 3 vidas e que todos aqueles monstros que você mata não te serve de experiencia para nada e que quando você voltar naquele cenário eles estarão todos ali de volta (pra quê isso velho). Mas o plot de ter que ir atrás de três medalhões em lugares diferentes me animou muito! Esses lugares são chamados de Dungeons e geralmente são cheios de puzzles e de inimigos diferentes. No final de cada Dungeon você enfrentará um chefão e por fim pegará o objeto que foi buscar. As dungeons são o ponto alto de A Link To The Past, porque cada uma é bem diferente da outra e isso não deixa o jogo se tornar repetitivo.
Após pegar os medalhões você deve se aventurar na floresta a procura da espada (Master Sworld) unica arma capaz de matar o vilão do game: Ganon, que foi libertado por aquele feiticeiro psicopata assassino de reis, e que está sedento pelas trevas, querendo a todo custo o poder da tri-force (um objeto mistico fodão que pode realizar o mais profundo desejo de quem a conseguir). O que difere de Link To The Past dos Zelda's anteriores (além de ser mais fácil e esteticamente mais bonito rsrsrs) e que temos a introdução de um novo mundo: O Dark World que é sobretudo uma versão alternativa e macabra de Hyrule, com basicamente os mesmos lugares porém distorcidos e com novas pessoas e inimigos. Te obrigando muitas vezes ter que ficar alternando entre os mundos para resolver as quests. É nesse mundo, inclusive, que o Ganon tinha sido aprisionado pelos sete grandes sábios, e esta tentando a todo custo sair de lá.
Mesmo você não podendo adquirir experiencia durante a gameplay (ZELDA NÃO É UM RPG, CARALHO) você pode juntar partes de corações espalhados pelo mapa que após completos te dão mais vidas, dificultando assim a sua morte. Você também será capaz de encontrar diversos itens, dentre eles nadadeiras para você poder entrar nos rios, capas invisíveis, poderes novos, uma flauta que te possibilita chamar um falcão (?) que voará com você a determinados pontos do mapa, e até upgrade em suas armas e armaduras. A maioria desses itens é obrigatório achar, pois não terá como você seguir em frente na história sem eles, o que faz o jogo (se você não pesquisar na net, né?) algo bem desafiante e gostoso de se explorar.
Os gráficos de A Link To The Past são lindos, é realmente gostoso jogar com aqueles gráficos bonitinhos, aquele cabelo rosa do link (um erro no sistema?) da um contraste no mapa bem bacana, além da jogabilidade com a câmera pelo lado de cima (diferente de Zelda II), deixa tudo mais fluido, casado bem com o gráfico e a jogabilidade. A Hyrule de A Link To The Past é cheia de segredos, lugares escondidos, histórias, tudo muito surpreendente para um mundo aberto tão "pequeno". Definitivamente eu escolhi um bom Zelda para iniciar minha jornada. Agora pegarei um em 3D, para mudar um pouco de ares xD
Gráficos: 8,8
Jogabilidade: 8,3
História: 7,8
Desenvolvimento da história:7,5
Personagens Carismáticos: 4,0
Musica: 7,5
NOTA FINAL: 7,3