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segunda-feira, 10 de abril de 2017

Amayado Bus Stop: Assombrações, colegiais e um ponto de ônibus | Resenha


A resenha que trago hoje é sobre um jogo indie de horror ~ também o jogo que estreia o novo quadro do blog de games de horror~ Quando pensei em trazer esse quadro não presumi que o primeiro jogo seria de um game em 2D feito pelo RPG Maker, imaginei que seria algum Resident Evil, Silent Hill, ou um Outlast da vida, mas aqui estamos! xD Sim, sim, ultimamente venho jogando muitos títulos feitos pelo RPG Maker, então provavelmente este não será o último jogo desse tipo que verão por aqui.

Amayado Bus Stop é o primeiro jogo de terror em 2D que eu jogo, e confesso que estava com um pé atrás, afinal de contas, quem vai se assustar com bonequinhas kawaii em 2d? O jogo me atraiu pela sinopse: Um ponto de ônibus com a linha desligada a mais de 20 anos onde pessoas relatavam que de vez em quando alguém o pegava e nunca mais era visto...Até que é original, né? Bom, eu achei e decidi conferir, não iria me assustar mas valeria pela história... O jogo praticamente começa mostrando uma das personagens principais (Chitose) sofrendo bullyng em sua escola nas mãos dos valentões dali - algo importante sobre esse jogo é que fica bem clichê nessa parte: Bullyng é um tema bem presente durante toda a gameplay, e sabemos que bullyng e historinha de terror adolescente japonesa é algo beeeem comum. Após a aula acabar ela vai embora da escola e encontra num ponto de ônibus o cara que fez bullying com ela mais cedo, ele diz que se ela roubar um sotoba (aquelas tabas de madeira que ficam no tumulo com alguma frase escrita) de algum tumulo do cemitério próximo e trazer ele pararia de mexer com ela - obviamente ela topa e ele debocha por ela aceitar fazer algo tão estranho e estupido.

BITCH BETTER HAVE MY SOTOBA


Chitose, muito boa em tomar decisões, vai la no cemitério e rouba um sotoba de um dos túmulos. Quando ela esta voltando pelo esgoto (sim isso mesmo, pra chegar no cemitério você tem que passar por um esgoto) ela se da conta que um homem sem cabeça esta a perseguindo(a coitada deu a sorte de roubar o túmulo logo de algum louco sem cabeça). Dai, meu filho, tu tem que dar no pé o mais rápido o possível, se aquele defunto te pegar é gameover na hora! Ao passar pelo esgoto e voltar pro ponto onde o valentão esta sentado ele vai se assustar com o cara sem cabeça mas não vai dar muito tempo para ele fazer nada porque o espirito vai mata-lo de uma vez o esmagando (Eba, Chitose! Tu tirou um valentão da sua cola mas ganhou um defunto e agora?). Depois disso o presunto simplesmente some na frente dela. Assustada ela decidi chegar logo em casa e ligar para a policia (eu até imagino esse dialogo: - alô é da policia? Então, um defunto sem cabeça matou um colega que me fazia bullyng la no ponto de ônibus). Ao atravessar a rua ela se aproxima do outro ponto de ônibus, o ponto Amayado - desativado a mais de 20 anos porque poucas pessoas o usavam. Há uma garota de cabelos negros sentada. Chitose logo pergunta se ela viu o acontecido do outro lado da rua e ela diz que sim e que Chitose está em apuros. O som de um ônibus aparece atrás das meninas, mas Chitose olha e não vê nada. A guria que estava sentada se levanta e diz que tem que partir, sem entender nada Chitose segura ela pelo braço a impedindo de entrar no "Ônibus Invisível".

























A decisão de Chitose não foi muito sabia, pois agora a menina não tem como "voltar pra seja la de onde ela veio" e Chitose se vê obrigada a aceita-la em sua casa por essa noite (Kkkkkk), sonsa como é de se esperar de alguém que rouba defuntos, Chitose não vê problema nisso e ambas seguem até a residencia. A partir dai os espíritos do cemitério irão inferniza-la por um certo tempo, e eu confesso que deu sim um medinho nesse plot do sotoba roubado. Espelhos quebravam, cortinas se fechavam sozinhas e o cara sem cabeça corria atrás de você e toda vez que ele te alcançava você morria. Mas o plot do jogo não é em torno de fantasmas irritados com uma ladra de sotoba não, isso é apenas a introdução da história. Depois de tentar ligar para a policia e não conseguirem sinal elas saem da casa, após algumas interações na rua com outros personagens, a guria do ponto de ônibus (seu nome é Kobato) descobre que Chitose sofre bullyng na escola e diz que tem um plano para se vingar dos valentões, mas para isso, precisam ir para a escola dela. Chitose não acha uma boa ideia, afinal de contas é noite, e tem tipo um monte de defunto atras dela, mas acaba cedendo, e antes de ir para a escola ela devolve o sotoba, acalmando os espíritos dali, concluindo esse plot e dando inicio a real história do game, que obviamente eu não irei contar pois vocês precisam jogar!

MAIS UM JOGO DE TERROR FEITO NO RPG MAKER

Amayado Bus Stop entre-te e você pode finaliza-lo em menos de três horas, sua história, bem desenvolvida e com a maioria das pontas bem fechadas, só decepciona por ser previsível em sua maior parte. Espíritos vingativos porque sofreram na terra é algo batido, e o clima de mistério que tentam inserir acaba não pegando. Alguns pontos ficaram soltos e isso incomoda. Por exemplo, temos um gato falante durante o jogo, ele ajuda as meninas em pontos importantes. Que tipo de entidade ele é? Por que ele estava ali? Todos os outros inimigos foram explicados com a exceção do gato. Acredito que ele era algum tipo de espirito, mas não saberei. Outra coisa que me incomodou é que em algumas interações OS OBJETOS conversam com ela. Isso não ficou muito bem explicado, ela realmente estava ouvindo eles falarem? Ou era algo apenas para os jogadores? De quáquer forma ficou muito sem sentido. O jogo conta com três finais diferentes: O final real, o final bom e o final ruim - eu fiz o final bom hehe - eu até gostei mesmo sendo algo bem sinistro para ser "bom" mas quem sou eu para julgar as escolhas de alguém como a Chitose, não é mesmo? Para ter o final bom ou o real você deve coletar mais de oito pedaços de corações. Esses pedaços estão espalhados pelos cenários. Geralmente dentro de algum objeto.

A trilha sonora é MUITO BOA, sabe aquelas batidas bem creepy que sempre temos em alguma obra macabra japonesa? Pois é. A maioria dos cenários é repleto desse tipo de musica ajudando a criar um clima hostil, nada convidativo para se jogar. Os efeitos sonoros também estão presentes. Passos bem audíveis e diferentes dependendo do tipo de solo que você está pisando. Só acho que pecaram um pouco nos efeitos sonoros obscuros. Não teve muitos gemidos ou sons do além para te deixar atento. Seus gráficos são just ok. É RPG Maker, e eles não tentaram fugir da estética que o programa propõe, porém os cenários foram bem elaborados, os lugares escuros em contraste com a lanterna que você usa ajudam bastante para te dar um pouco de medo, mas tirando isso é basicamente as mesmas coisas que você encontra em outros títulos do gênero. Os puzzles não chegam a ser difíceis, geralmente são charadas bem fáceis, mas caso você não as leia, a gameplay pode ficar difícil de se passar.



AMIZADES EM SITUAÇÕES INESPERADAS

A personalidade da personagem principal gira em torno de amizades, de relacionamentos entre colegiais e todo esse grude de "amigos da escola" e bla bla bla que eu não suporto e é inserido em todo maldito anime que tenha personagens com menos de 18 anos. Num  jogo japonês não poderia ser diferente. Chitose é a tipica personagem do bem, sonsa que ama todo mundo e simpatiza até com as arvores. Não são qualidades negativas mas em uma história fictícia acaba que ficando chato, ninguém liga para quanto fulana é boazinha e gosta de todo mundo. Ela acaba entrando em muitas situações ruins por sempre pensar no outro - tudo bem, as vezes o jogo te dá escolhas, mas você não vai querer escolher opções negativas para ter o final péssimo, né? Até porquê, pensar as vezes em você não é exatamente algo ruim de se fazer. Durante a gameplay você conhece outra personagem que te ajudará: Akane, que é totalmente diferente de Chitose e não gosta dessas pessoas falsas que tentam agradar a todos. O curioso de Akane é que ela é a irmã mais velha de uma das gurias que fazem bullyng em Chitose. O Bullyng é algo constante durante a história. Tanto na vida de Chitose, quanto na vida de Kobato. Esse detalhe ajudou muito a formar a personalidade de ambas e de maneira diferente, mas não posso dizer o quão diferente, para isso você terá que jogar.

Por mais clichê que as coisas possam soar em alguns pontos deste jogo ele vale sim a pena ser jogado. Sua jogabilidade se baseia em fugir dos espíritos - você não tem arma para afronta-los. E isso deixa o jogo interessante, pois basta você entrar em um lugar errado enquanto está sendo perseguido que sua morte será certa. Ou seja, da sim um certo panico em algumas situações. A história tem algumas reviravoltas legais, ela é bem trabalhada como eu já havia dito, apenas com alguns guros ou alguns diálogos meio sem sentido. Imagino que tenha mais reviravoltas nos finais que eu não fiz. O vinculo criado entre as personagens é bem legal, não ficou forçado ou sem sentido como acontece em muitos jogos (ao menos não em relação a duas personagens).



Você pode baixar o jogo traduzido pela Zero Corpse - o game e free, e eles tem uma porção de outros jogos horror lá.

Gráficos: 7,9
Jogabilidade: 7,4
História: 7,0
Desenvolvimento da história:7,5
Personagens Carismáticos: 7,3
Musica: 8,2

NOTA FINAL: 7,5

Primeira imagem por Vicco

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