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sexta-feira, 14 de abril de 2017

Undertale - Nesse mundo é Matar ou Morrer? | Resenha


Fazia tempo que eu estava querendo jogar esse jogo, afinal ele é muito cultuado em todo lugar, seja canal, feed, site, blog que tenha muitos jogadores de games indies. TODO mundo fala o quanto esse jogo é diferente, é divertido é original. Da vontade de conferir, não dá? Undertale fez muito barulho na época em que foi lançado, vendendo mais de um milhão de cópias e ganhando diversas indicações para Game do ano em vários sites especializados e convenções de jogos, mostrando que joguinhos em 2D (e independentes) também tinham espaço no cenário de games atual.

Mas afinal, o que é Undertale? É sobre o quê? É realmente isso tudo? Existe aquele ditado antigo (e coerente) que diz para não julgarmos o livro pela capa. Bem, aqui serve para o jogo também, mas no caso não é por sua capa e sim por seus gráficos. Se tem algo em Undertale que definitivamente não atrairia a atenção de ninguém é exatamente seus gráficos (a não ser que você seja retrogamer, claro). Além de serem gráficos em 2d ele é daquele tipo bem simples, de estética bem modesta, parecendo até ser aquelas artes inciais feitas pelo Paint. Mas o diferencial desse jogo não está em seu visual (que de certa forma acabou ajudando em sua identidade no final das contas), mas sim em sua jogabilidade (Rá! Achou que eu ia dizer história, né?). Em Undertale você pode finalizar o jogo sem precisar matar ninguém! Você pode resolver suas tretas apenas no dialogo e paciência, e isso influencia muito para o tipo de final que você pode conseguir - você poderá ter três finais diferentes dentro do jogo, todos eles dependerá de suas ações durante a gameplay. Mas e ai? É por causa disso que esse jogo é tão aclamado? Não, esse é apenas um dos motivos. Outra coisa que chama a atenção no universo de Undertale é a sua liberdade. Você tem uma grande interatividade com os personagens, cada ação sua é vista de uma forma diferente por eles. Os diálogos, em sua maioria hilários, carregados de um humor inteligente, te fazem querer interagir com cada NPC que você veja pela frente, só para saber o que diabos ele tem para dizer - sé é algo relevante para o jogo ou um assunto totalmente nonsense que vai te fazer ficar se perguntando de onde o criador tirou aquelas coisas.

A história de Undertale é legal, mas não é nada tão diferente assim. É sobre uma guerra entre humanos e monstros que ocasionou no banimento dos monstrengos para o subsolo os obrigado a morar lá pela eternidade. Só sendo possível reverter essa situação com a captura de almas humanas, que seria um método de conseguir quebrar a barreira que foi criada entre os dois "mundos" e assim fazendo os monstros serem livres novamente (no jogo isso é explicado detalhadamente, tá?). Mas a onde que VOCÊ entra nessa história? O personagem principal se chama Frisk (ou seja lá o nome que você quiser dar), ele(a) não tem gênero - pode ser tanto homem quanto mulher, e obviamente, é um humano que caiu no subsolo e descobriu todo aquele mundo novo ali.

Bem, a partir dessas informações você deve imaginar que esse subsolo seria o local mais intenso e nada convidativo para alguém visitar, certo? Nem tanto. No comecinho do jogo nos deparamos com a Flowey, esta bela flor psicopata que vocês estão vendo ai do lado. Ela parece um doce no começo mas depois revela uma personalidade totalmente psicótica e lhe diz que naquele mundo ou você mata ou morre. Essa parte do jogo foi bem macabra, a risada demoníaca que acompanha Flowey contribuiu para isso. Mas logo em seguida chega Toriel, uma cabra que espanta a flor encapetada e te convida para a casa dela. Toriel é um amor de pessoa (embora eu tenha ficado com um pé atrás) e te aconselha e nunca machucar ninguém ali e resolver tudo a base da conversa. Ao decorrer da gameplay você vai notando que aquele subsolo cheio de monstros não é tão apavorante, e que não é necessário ter uma aparecia monstruosa para carregar esse nome. O jogo te traz muitas reflexões sobre caráter e mensagens sociais, todas inseridas cuidadosamente na história apresentada sempre com a intenção de testar sua moral.

O universo de Undertale é todo mesclado entre o engraçado e o macabro. O jogo flerta com o humor negro e consegue trazer um conteúdo novo e interativo que uma hora irá te surpreender e em outra irá te fazer xingar. Ah claro, vai ter momentos que você vai rir de aliviado. As vezes as coisas não saem como os vilões planejam - mas as vezes sai bem melhor do que eles planejaram e você vai ter a impressão que o jogo ta tirando uma com a tua cara em situações que você achará impossível de se passar (e sim, o jogo estará tirando uma com a sua cara) e por mais que o momento seja tenso você vai achar incrível toda aquela situação. A trilha sonora é outro ponto MARAVILHOSO. Tem musicas ali que mudam totalmente a dinâmica da batalha e outras que carregam todo o sentimento apresentado no plot em questão. Da para se notar que cada canção foi feita cuidadosamente para representar o momento em especifico que ela é apresentada.


Unica coisa que eu torci a cara em Undertale foi para a personagem ~~muito querida~~ Dra. Alphys, que é uma cientista que tem uma queda por você (eu acho), ela irrita muito pois te da um celular novo e te adiciona em uma Rede Social. O problema disso é que essa Alphys posta O TEMPO TODO na rede social e toda vez que ela faz isso você é interrompido para ler as coisas inúteis que ela fala. Sério, as vezes não da nem para você andar cinco passos direito. E isso é constante por certo tempo. Por mais que o humor de Undertale tenha essa parte pastelona, as mensagens da Doutora foram bem massantes.

Agora se me deem licença, eu irei começar novamente o jogo para conseguir o Final Feliz (já que o que eu consegui foi o neutro).  Undertale está a 19,99 na Steam e você encontra a tradução na internet facilmente, o jogo tem em torno de umas seis horas, e serão seis horas bem divertidas. ^^

Gráficos: 7,1
Jogabilidade: 10
História: 8,0
Desenvolvimento da história:8,5
Personagens Carismáticos: 9,8
Musica: 8,9

NOTA FINAL: 8,7

Fanart by Ak981016

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