Em um mundo infestado de Battle Royale onde a maioria tenta incansavelmente se parecer com PUBG ou Fortinite, um lançamento diferenciado chama um pouco a atenção. E esse é o caso do jogo que trago hoje para vocês, o supostamente futurístico Cyber Hunter.
Tá todo mundo careca de saber dessa onda de Battle Royales que está pairando sobre nós desde de 2017, quando PUBG estourou pelo mundo e veio Fortnite e depois uma enxurrada de mobiles prometendo uma experiência similar, mas basicamente nunca conseguindo (rsrsrsrs). E claro que temos versões originais soltas por aí como o Super Animal Royale (onde você pode jogar como Panda, Raposa ou Guaxinim), Darwin Project (que nos traz o conceito de reality show) ou o Hentai Arena (bem, acho que o nome já explica bem o que vem de diferenciado nesse jogo…), mas a questão é que a maioria dos Battle Royales lançados para computadores (Okay, Apex foi um acerto e tanto) eram sempre vazios ou cheio de bugs e os lançados para celulares cópias descaradas de PUBG e Fortnite (até mesmo com skins ripadas deles ou de outros jogos - se for jogar o PVE de Free Fire tu dará de cara com o Albert Wesker putasso matando todo mundo com os mesmos golpes que ele tem em Resident Evil 5). O motivo disso tudo é que todas essas empresas não estavam realmente interessadas em entregar um jogo onde o pessoal poderia apreciar a gameplay e dizer: “Porra, esse jogo é do caralho”, eles estavam mesmo só interessados em pegar carona no sucesso dos títulos da Epic Games e PUBG Studios, trazendo games mal acabados e muitas, mas muitas skins em diversas loot boxes diferentes que você abrirá centenas delas e nunca conseguira uma skin permanente (choraste?).
E no meio dessa concorrência de empresas trambiqueiras foi que encontrei o Cyber Hunter. O jogo é publicado pela NetEase, uma empresa chinesa justamente conhecida por publicar jogos genéricos de Battle Royale e tomar o dinheiro do povo e depois de um tempo largar o jogo e partir para outro. Com Cyber Hunter talvez não seja tão diferente, mas no meio de tanto genérico mobile de battle royale, Cyber Hunter ao menos traz ou tenta trazer para esse meio mobile uma gameplay menos truncada e gráficos que não fazem te lembrar de PUBG ou Fortnite.
Cyber Hunter é um battle royale quase como qualquer outro, basicamente com funções similares que encontramos em Free Fire (fogueira, parede de gel, camuflagem) só que com um novo design e novos nomes, além de muitos outros recursos próprios como detector de inimigos, jetpack, moto futurística instantânea, torres e muitos, mas muitos outros recursos que você pode desbloquear ao subir de nível (podendo equipar apenas três deles e tendo limite de uso - você precisa coletar um material durante a gameplay para poder usá-los). Um diferencial bacana é o fato de você poder escalar qualquer parede e pairar no ar segurando seu droid (algo que parece que foi implementado recentemente no Free Fire - um planador), além do seu personagem ter uma boa desenvoltura durante a gameplay (sem controles travados). Cyber Hunter mesmo trazendo uma gameplay similar com a de outros battle royales, consegue entregar uma jogabilidade mais direta e controles mais limpos. A câmera é bem próxima a seu personagem, isso dá uma imersão mais bacana ao jogo. Temos até o momento dois personagens desbloqueados, um masculino e um feminino, no entanto com uma customização incrível, podendo mudar cada traço do rosto e até mesmo a sua cor para basicamente qualquer cor do seu interesse (você irá encontrar vários ets durante a gameplay e claro, poder matar todos eles). O competitivo do jogo é muito bom quando você chega no elo “Senior” (algo equivalente a platina), é basicamente a partir daí que terá apenas jogadores sérios nas partidas e sem chances (ou quase sem) de ter bots aleatórios dando mosca. E inclusive é quando você começará a passar raiva com os snipers. Pontes? Lugares altos? Você vai querer passar longe. E falando em snipers me faz lembrar das armas futurísticas do game. Eu na verdade preferiria armas ao molde antigo, a única que realmente achei bacana é os modelos de espingarda - são basicamente aquela arma de mão do Megaman e faz um excelente estrago.
Mas não são somente das coisas que fazem sucesso em outros battle royales que Cyber Hunter se inspira, nos problemas também! Existe uma grande quantidade de bugs que a empresa vem tentando corrigir com novas atualizações. Coisas como ficar preso na parede ou o rosto branco caso esteja jogando pelo computador (sim a netease lançou uma versão oficial para computador cross plataforma), além de outras coisinhas. Não podia faltar também as reclamações em relação a hackers (que tem em todos jogos online) e a ganância exagerada em cima de skins. Os eventos que Cyber Hunter teve até agora foram bem decepcionantes, você basicamente só consegue coisas legais se pagar, caso você não esteja interessado em investir no jogo terá que se contentar com skins de sete dias que você vai suar para conseguir coletando tokens de eventos. Ta ai algo que todas essas empresas que tem o olho maior que a barriga deviam aprender com a Garena (empresa que divulga Free Fire), por mais que a gameplay de FF seja genérica, eles sabem manter o público com diversos eventos onde os jogadores de fato ganham coisas. E olha que a Garena é tão mercenária quanto qualquer outra, com suas loot boxes e roletas da “sorte” que fazem os usuários gastarem até o último centavo. Mas a questão é que se você quiser, você consegue ganhar coisas legais ali sem gastar nada. Isso mantém os jogadores não pagantes (que são a maioria) entretidos com os eventos, interessados nos prêmios (que não duram sete dias).
Mas vale a pena ou não jogar Cyber Hunter? Essa é uma resposta pessoal. Isso vai depender muito do que estiver procurando. Caso tenha um bom computador e um bom celular, o recomendado seria PUBG ou Fortnite (Apex também), caso tenha um celular mais ou menos ou simplesmente esteja cansado de PUBG, vale a pena sim dar uma conferida em Cyber Hunter. O jogo traz uma gameplay bem mais fluida que os outros genéricos para Mobile. Traz skins próprias e vários itens futuristas para você ser criativo durante a trocação de tiro. Algo que achei bem interessante em Cyber Hunter é que as skins não são essas cópias descaradas que vemos em outros jogos do gênero, são roupas até bem comuns o que talvez não seja um ponto positivo para um jogo que vende a ideia de futurístico, mas é um diferencial eles investirem em algo menos usado do que ter mais uma skin do médico da peste negra ou literalmente qualquer skin do fortinite que você já viu em Free fire ou em Creative Destruction. O jogo continua sendo bem mais fácil que PUBG, com coletas automáticas, quase zero necessidade de abrir o inventário e um mapa bem menor, mas, dentre a maioria dos mobiles, é sim uma escolha a ser considerada.
(Me adicionem lá, alias ^^)
Gráficos: 8,5
Jogabilidade: 8,8
Fator Replay: 8,0
Inovação: 7,5
Personagens Carismáticos: --
Musica: 5,0
NOTA FINAL: 6,3
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