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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Midsummer NIGHT - Um conto russo sobre a vida | Resenha


Opa, tudo bem? Hoje eu tô trazendo um game indie muito legal, muito desconhecido também, o que nem sempre é algo ruim, afinal ele acaba custando apenas dez reais, e em tempos de promoções na Steam fica por um real. E olha, vale muito a pena por sua história, trilha sonora e gráficos pixelados. O jogo não chega a ser grande, você  termina em menos de uma hora se souber tudo que deve fazer. Mas existe o fator replay, pois o game tem mais de uma rota a ser seguida. Logo, se quiseres conhecer as "side-quests" e ter todas as conquistas, precisará jogar mais de uma vez. O jogo também te faz tomar decisões que acabam afetando a gameplay, mas creio que não afeta o final (ainda não destranquei todos os finais).


Midsummer NIGHT é um jogo que traz a história de Klim, um guri que vivia em uma aldeia junto com sua irmã (eles eram órfãos). Até um belo dia que ele acorda e descobre que sua irmã foi raptada por um urso gigante, e é ai que a sua jornada começa! Mas antes de sermos apresentados a Klim, existe uma intro. Veja, a história de Midsummer NIGHT se passa no passado, no comecinho do game jogamos com um antropólogo, e ele vai em uma floresta investigar alguns rumores que existiam no local sobre desaparecimentos de crianças e foi dito a ele que uma senhora que morava na região sabia da historia mais detalhadamente, então ele vai ate sua humilde cabana no meio da floresta para ela contar a história, e ai que somos introduzidos a Klin e sua irmã. A história do jogo é baseada em um conto russo, pelo que entendi.


A gameplay de Midsummer NIGHT é bem simples, mas há puzzles e talvez, caso seja um pouco distraído, você demorará a sair deles (ou até mesmo morrer para eles). O jogo é 100% de exploração, então evitar objetos no cenário não é uma escolha, muitas das vezes para resolver os puzzles você terá que encontrar algum objeto, interagir com os npcs, ir a mais de um lugar. Há algumas partes que se você não conseguir de primeira concluir o objetivo você não terá mais chance. Sendo assim ou você continua sua gameplay sem ter concluído aquele objetivo ou terá que começar de novo lá do inicio pois o sistema de save é automático e não da para voltar atrás. Mas esses objetivos são side-quests e você não precisa realmente concluir. O sistema de interação é muito simples: você usa a tecla Q para analisar o objeto/pessoa, E é a tecla de ação, ENTER para passar os diálogos e I para acessar seu inventário. Durante sua jornada você talvez coletará itens que nem chegará a usar, dependendo das escolhas e caminhos que pegou durante a gameplay.


O jogo tem uma trilha sonora muito bonita, os sons da mata, dos bichos é muito bonito de se ouvir, e as vezes até necessário seguir o som para sair de algum lugar que estás. Os personagens também são bem carismáticos. Conhecemos a vida de alguns deles, aprendemos suas histórias, lidamos com suas lendas e cultura. O game também te coloca em uma situação delicada, como em Undertale, mas sem toda a profundidade do mesmo. Você se vê o tempo todo por uma perspectiva, que pode ser mudada após novas serem apresentadas a você e tu terás que decidir como reagir diante delas (embora isso mude muito pouco o final). Por mais que pareça um game simples ele tem todo um sentimentalismo em seu universo. Tudo que acontece ao seu redor a um motivo e eles são interligados - principalmente o rapto de sua irmã. Há toda uma "guerra" entre os seres humanos e a natureza e você tem um grande papel nela. Mas claro, que tudo isso pode ser passado batido por você se não prestares atenção nos diálogos, não interagir com o cenário.

Como citei, o game conta com algumas histórias trazidas pelos npcs que você encontra durante sua jornada. Uma que achei bem interessante é a do homem que mora com sua esposa no meio do mato. Ele te ajuda em uma quest de matar um urso, após você salvar o bebê de morrer de fome. Ao ser confrontado sobre o porquê escolheu morar ali ele conta sobre quando morava na cidade e prosperava mais que os outros, o que atraiu inveja e ódio o fazendo se afastar da sociedade optando por uma vida calma longe de todos. A mesma sociedade que o invejou começou a contar mentiras sobre sua pessoa, coisas negativas, fazendo criar uma lenda tenebrosa sobre ele. Eu acho interessante porque é algo muito comum e presente no dia-a-dia. As vezes até nós mesmos nos vemos julgando alguém baseando em histórias que nos contaram, sem nunca tentar entender o outro lado. Midsummer Night é cheio de dilemas e situações que te colocam para pensar além da perspectiva mais comum.


Não tem tradução para o Midsummer NIGHT, apenas disponível nos idiomas de Russo e Inglês, mas não são tantos textos, e dá para entender tudo de boas e eu fortemente recomendo que LEIAM, pois é um game basicamente de história. Se você ignorar as coisas opcionais, não ler os diálogos, no final terá apenas zerado um game de puzzles pequeno e se esquecerá muito em breve dele, então só o compre se quiser entender sua história.

Gráficos: 9,0
Jogabilidade: 7,5
História: 8,9
Desenvolvimento da história:8,5
Personagens Carismáticos: 8,1
Musica: 8,8

Nota FINAL: 8,4

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